
António Pedrosa
Licenciado em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho, pós-graduado em Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho e mestre em Estratégia Empresarial. Especialista em Gestão de Pessoas. É docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, bem como consultor e formador em Gestão de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional em PME.
São conhecidas as dificuldades em gerir uma equipa de trabalho: diferentes competências, capacidades e aptidões dos elementos da equipa, personalidades, desejos e interesses distintos, estilo de comunicação adotado pelos indivíduos (incluindo o do gestor), barreiras à mudança, são exemplos de algumas delas. Gerir uma equipa em ambiente de rotina é relativamente fácil. Maior é o desafio da gestão da equipa em ambientes não rotineiros, de maior complexidade e ambiguidade, sendo essencial a implementação de processos de mudança – um imperativo da atualidade – e, para isso, é fundamental influenciar e motivar a equipa a fazer o que o gestor quer que seja feito, isto é, liderança.
O estudo da liderança remonta ao início do século passado com a teoria dos traços, como o carisma, a inteligência, a personalidade e os valores que, de forma inata, habilitavam a pessoa a ser líder e a teoria comportamental orientada para os comportamentos do líder no ato de comunicar, de motivar e de tomar decisões evidenciando estilos de liderança específicos como o estilo autoritário, democrático e liberal. Na década de 50 e seguintes desenvolve-se a teoria situacional cujos autores enfatizavam a influência do contexto (características da função, expectativas, motivação e vontade dos trabalhadores em assumir responsabilidades) no estilo e eficácia da liderança. É também nessa altura que surge a liderança transformacional, associada a comportamentos do líder que fomentam o empenhamento dos liderados a subvalorizar os seus próprios interesses em prol dos objetivos da organização, conseguindo assim obter o seu empenho na concretização de grandes mudanças e desempenhos. Líderes inspiradores, com forte visão de futuro, entusiastas, que estimulam intelectual e emocionalmente a equipa, que encorajam a confiança dentro do grupo e fomentam sentimentos de poder entre os membros da equipa são mais transformadores.
Este tipo de liderança proporciona pessoas mais satisfeitas, justiçadas, confiantes na organização e nos seus líderes bem como sentimentos de bem-estar o que, por sua vez, contribui para pessoas mais empenhadas, comprometidas, espontâneas e inovadoras.
Este tipo de liderança é relevante em início da atividade ou em processos de mudança organizacional e tem vindo a ser estudada em conjunto com abordagens mais recentes da liderança como a liderança responsável, a liderança ética, a liderança humilde, a liderança servidora, entre outras.
O líder só é líder quando tem seguidores e os liderados seguem líderes que demonstrem competências de liderança. Ambos precisam uns dos outros para concretizar os seus interesses e objetivos.
Artigo da autoria de António Pedrosa

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